29 fevereiro 2016

Análise das Solicitações de Comprimidos Adaptados para Pacientes Críticos de um Hospital Universitário

Michelle Silva Nunes - Hospital Universitário Onofre Lopes / RN
Renata Cristina de Araujo Valença - Universidade Federal do Rio Grande do Norte / RN
Rayanne Karen Cunha Gurgel - Universidade Federal do Rio Grande do Norte / RN
Erlhane Irineu Lourenço Silva - Universidade Federal do Rio Grande do Norte / RN
Valdjane Saldanha - Hospital Universitário Onofre Lopes / RN
Luciana Moreira Dantas Barreto - Hospital Universitário Onofre Lopes / RN
Kátia Solange Cardoso Rodrigues dos Santos - Universidade Federal do Rio Grande do Norte / RN

Objetivo: Analisar as solicitações de comprimidos adaptados ao serviço de farmacotécnica hospitalar do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), a fim de avaliar sua necessidade, adequabilidade, custo, bem como propor soluções economicamente viáveis que venham garantir a efetividade e a segurança do tratamento.

Métodos: Estudo transversal, retrospectivo e descritivo, no qual foram revisadas todas as solicitações de adaptações de comprimidos, enviadas ao laboratório de farmacotécnica do HUOL, no período de 01 de janeiro a 31 de dezembro de 2012.

Resultados: Dentre as 2.462 solicitações revisadas foram identificados 57 fármacos, totalizando 6.565 comprimidos que foram triturados. Do total de adaptações, 59,65% (34/57) foram consideradas adequadas, por se tratar de comprimidos simples, sem interação significativa com alimentos e sem potencial teratogênico para o manipulador. As adaptações inadequadas representaram 40,35% (23/57), o que incluiu comprimidos revestidos, ou de liberação prolongada, fármacos teratogênicos, com interação clinicamente significativa com alimento, e os classificados como medicamentos de alta vigilância. As adaptações foram consideradas necessárias em 80,70% (46/57) das situações, sendo a maioria justificada pela indisponibilidade de formulações líquidas no mercado brasileiro.

Conclusão: Apesar da escassez de apresentações líquidas, algumas adaptações poderiam ser substituídas pela padronização de forma farmacêutica líquida existente, proporcionando, além da vantagem econômica, mais segurança aos pacientes em uso de sonda. O farmacêutico é o profissional indicado para avaliar a adequabilidade dessas adaptações e propor soluções para viabilizar procedimentos mais seguros e econômicos.

Congresso de Farmácia Hospitalar: IX Brasileiro e II Sulamericano - 2013