28 dezembro 2018

Organização, desenvolvimento e implantação de uma tabela de antimicrobianos injetáveis com concentração fixa e suas respectivas osmolaridade e/ ou osmolalidade para uso em um hospital de ensino

Gilberto Barcelos Souza1, Bruna Figueiredo Martins1, Marcela Miranda Salles1, Rute Barbosa Santos1, Luiz Filgueira de Melo Neto1, Pedro Henrique Rodrigues de Alencar Azevedo1, Maihara da Silva Borges1, Nayara Fernandes Paes1

1Hospital Universitário Antonio Pedro - Niterói (RJ), Brasil

Objetivo: Desenvolvimento e implantação de uma tabela de medicamentos com concentração fixa e suas respectivas osmolalidade e/ou osmolaridade, com o objetivo de reduzir a incidência de flebite e colaborar com a promoção da segurança do paciente em um hospital de ensino, tendo em vista que medicamentos irritantes e vesicantes são muito utilizados em todo o hospital.

Métodos: Realizado em janeiro de 2018 em um hospital de ensino, localizado em Niterói (RJ), de grande porte, atende até 250 leitos. O material de consulta foi desenvolvido a partir de uma demanda ativa da equipe de enfermagem do hospital. Para fornecer as informações da tabela utilizamos as bulas dos medicamentos, em sites internacionais: Cardiff and Vale University Health Board (Inglaterra), Hospital Universitário de Genebra (Suiça), Micromedex, DrugBank, Agências Internacionais Reguladoras de Saúde (Canadá, Espanha, Inglaterra).

Resultados: Na tabela com 53 medicamentos injetáveis foram disponibilizadas as seguintes informações: medicamento, pH, osmolaridade/osmolalidade, excipientes, extravasamento. Lista da tabela: Aciclovir, Amicacina, Amoxicilina-Clavulanato, Ampicilina, Ampicilina-Sulbactam, Anfotericina B, Anfotericina B Complexo Lipídico, Anfotericina B Lipossomal, Anidulafungina, Azitromicina, Aztreonam, Benzilpenicilina Potássica, Caspofungina, Cefazolina, Cefepima, Cefotaxima, Ceftarolina, Ceftazidima, Ceftazidima-Avibactam, Ceftolozano-Tazobactam, Ceftriaxona, Cefuroxima, Ciprofloxacino, Claritromicina, Clindamicina, Dalbavancina, Daptomicina, Doripenem, Ertapenem, Estreptomicina, Fluconazol, Foscarnete, Ganciclovir, Gentamicina, Imipenem-Cilastatina, Isavuconazol, Levofloxacino, Linezolida, Meropenem, Metronidazol, Micafungina, Oxacilina, Piperacilina-Tazobactam, Polimixina B, Posaconazol, Sulfametoxazol-Trimetoprima, Tedizolida, Teicoplanina, Telavancina, Ticarcilina-Clavulanato de potássio, Tigeciclina, Vancomicina, Voriconazol.

Conclusão: A tabela está disponível na Intranet do hospital, contribuindo para a prevenção de erros na infusão e no controle de flebites causadas quando da infusão dos medicamentos.

Referência: XXIII Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva. São Paulo. SP. 2018.

21 novembro 2018

Consumo de antimicrobianos injetáveis na Hematologia de um Hospital Universitário no período de junho de 2016 a maio de 2017

Luiz Filgueira de Melo Neto, Maihara da Silva Borges, Camila Theodoro das Neves, Marcela Miranda Salles, Gilberto Barcelos Souza, Fernando Sérgio da Silva Ferreiro, Fábio Moore Nucci, Nayara Fernandes Paes, Bruna Figueiredo Martins, Rute Barbosa Santos

Farmacêuticos. Setor de Farmácia Hospitalar. Unidade de Farmácia Clínica. Médico. Clínica de Hematologia. Hospital Universitário Antonio Pedro. Universidade Federal Fluminense. Niterói. Rio de Janeiro. Brasil.  E-mail: farmacia@huap.uff.br

Introdução: Os antimicrobianos estão entre os medicamentos mais prescritos em hospitais. Estima-se que 25% a 35% dos pacientes hospitalizados recebem antimicrobianos para tratamento de infecções ou profilaxia cirúrgica durante a internação. Diversos estudos demonstram que até acima de 50% destas prescrições se mostram inadequadas quanto à via de administração, dose, duração do tratamento e até mesmo na indicação. Além disso, considera-se que 30% dos custos da farmácia hospitalar estejam relacionados com o uso desses medicamentos.

Objetivo: Analisar o perfil de consumo de antimicrobianos injetáveis na Hematologia de um hospital no período de 01 de junho de 2016 a 31 de maio de 2017.

Método: Foram analisados os registros eletrônicos de consumo de medicamentos realizados pelos pacientes que utilizaram os antimicrobianos selecionados.

Resultados: Consumo financeiro total de medicamentos foi de R$ 469.934,39. O consumo financeiro total dos antimicrobianos injetáveis foi de R$ 303.714,31 ou 64,63% dos medicamentos consumidos são antimicrobianos. VORICONAZOL é o de maior consumo financeiro na Hematologia. O custo global das apresentações VO/EV do voriconazol foi da ordem de 42,9% do consumo total dos medicamentos ou R$ 201.613,58 ou 66,36% do consumo financeiro entre os antimicrobianos. Em quantidade de frascos dispensados, meropenem foi mais dispensada, seguida da vancomicina, cefepima e piperacilina-tazobactam. VORICONAZOL representa 3,22% em unidades dispensadas; 42,9% do consumo financeiro dos medicamentos e 66,36% do consumo financeiro dos antimicrobianos.

Conclusão: O paciente em uso de medicamentos citostáticos apresenta mais problemas devido à complexidade da terapêutica e à gravidade da doença e a análise dos dados de consumo de antimicrobianos de uma instituição hospitalar permite direcionar intervenções especificas e apontar o uso inadequado ou abusivo, visando o uso racional dessa classe de fármacos, além de contribuir para conter a disseminação da resistência bacteriana a estes medicamentos. No estudo da utilização dos antimicrobianos é possível quantificar a situação atual e determinar o perfil temporal de uso, identificar tendências, permitindo comparações de consumo. E importante observar que cada hospital tem suas próprias particularidades e que tanto o tipo de antimicrobiano quanto a quantidade consumida e bem diferenciada, pois envolve uma serie de fatores locais que contribuem para prescrições preferenciais de um ou outro antimicrobiano.

Pôster Eletrônico no VI CONGRESSO INTERNACIONAL ONCOLOGIA D’OR, realizado nos dias 9 e 10 de novembro de 2018, no WINDSOR OCEÂNICO HOTEL.


25 setembro 2018

Busca Ativa de Reações Adversas por Medicamentos Gatilhos: A Contribuição do Farmacêutico em um Ambulatório de Oncologia

Nathalia Gonsalez Lainetti1; Anselmo Rodrigues dos Santos1; Jefferson Silva Martins1; Graziela Gomes Bauptista Moreno1; Ricardo Matos Cremonini1

1 Hospital Sírio-Libanês. São Paulo (SP), Brasil. E-mail: nglainetti@hotmail.com.
Endereço de correspondência: Nathalia Gonsalez Lainetti. Rua Adma Jafet, 115, Boa Vista. São Paulo (SP), Brasil. E-mail: nglainetti@hotmail.com.

Introdução: Medicamento gatilho é um método de busca ativa de reações adversas a medicamentos (RAM). A incidência de RAM na terapia antineoplásica, torna a identificação e mensuração destes eventos essenciais para a prevenção e desenvolvimento de cuidados específicos ao paciente.

Objetivo: demonstrar como é feita a identificação de RAM através dos medicamentos gatilhos e o acompanhamento destas pelo farmacêutico em um centro de oncologia de um dos hospitais da rede sentinela referência do sudeste do Brasil.

Método: Para busca ativa de RAM foram considerados os medicamentos difenidramina, hidrocortisona e adrenalina. O levantamento do uso de adrenalina é realizado através de relatórios de movimentação de estoque. Para difenidramina e hidrocortisona, o levantamento é realizado após a utilização de kits de emergência pela enfermagem. Caso o uso esteja relacionado a uma reação adversa e ainda não esteja notificado, o farmacêutico do ambulatório de oncologia realiza a notificação no sistema informatizado institucional e evolui no prontuário eletrônico. A notificação é analisada pelo farmacêutico clínico e os dados do relato são utilizados para notificação à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Resultados: Durante os meses de janeiro/2017 a novembro/2017 foram utilizados 134 medicamentos gatilhos. Destes, 79 (58,96%) estavam relacionados ao controle de RAM e 55 (41,04%) utilizados como medicamento pré-quimioterapia. Do total de 49 RAM identificadas, 21 (42,86%) foram notificadas espontaneamente pela enfermagem e 28 (57,14%) foram notificadas pelo farmacêutico através da busca ativa. Das RAM identificadas, 41 (83,67%) estavam relacionadas a antineoplásicos e 8 (16,33) relacionadas a outros medicamentos. Conclusão: O farmacêutico e os demais profissionais de saúde são essenciais na farmacovigilância. A busca ativa através de medicamentos gatilhos se mostrou uma ferramenta importante para a detecção de RAM, aumentando o número de notificações e trazendo oportunidades de intervenções para o cuidado ao paciente oncológico.

Palavras-chave: Medicamentos Gatilhos; Reação Adversa; Farmacêutico.

Poster in: IX CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA. 2018.

29 agosto 2018

Estudo de Utilização do Nivolumabe em uma Operadora de Planos de Saúde

Igor Monteiro Albuquerque1; Vicente de Souza Lima Neto1; Danusio Pinheiro Sartori1; Joel Bezerra Vieira1; Andre de Jesus Roldan Viana1; Jessica Ferreira Romero1; Antonio Nilson Mendes dos Santos Junior1; Alberto de Oliveira Junior1

1 Unimed. Fortaleza (CE), Brasil. Endereço de correspondência: Igor Monteiro Albuquerque. Travessa Quinze de Novembro, 10, Padre Romualdo, Jardim Botânico. Fortaleza (CE), Brasil.
CEP 61601-340. E-mail: igor.albuquerque@unimedfortaleza.com.br.

Introdução: A imunoterapia é um tratamento que usa o próprio sistema imunológico do indivíduo para combater a neoplasia. Essa modalidade terapêutica tem como principais representantes os inibidores de “check point”, no qual três deles tem registro no Brasil (Ipilimumabe, Nivolumabe e Pembrolizumabe). O Nivolumabe, que anteriormente apresentava estudos de fase II/III apenas para melanoma avançado, atualmente tem indicação para, pelo menos, mais cinco neoplasias distintas, destacando a importância desses agentes como opções a quimioterapia convencional e os antineoplásicos orais. No entanto, há uma preocupação com a seleção dos pacientes, visto que, de acordo com a literatura, apenas 20-25% dos pacientes com Câncer de Pulmão de Não Pequenas Células (CPNPC) realmente se beneficiam com inibidores de check point.

Objetivo: Definir o perfil de utilização do nivolumabe em pacientes de uma Operadora de Planos de Saúde (OPS) de Fortaleza-CE.

Método: Trata-se de estudo observacional retrospectivo com dados de mundo real de uma OPS. Foram incluídos todos os pacientes que utilizaram nivolumabe no ano de 2017, independente da linha de tratamento, no qual foi analisado: custo total e por paciente, tipo de neoplasia e motivo de interrupção do tratamento.

Resultados: Atenderam aos critérios de inclusão 22 pacientes. O custo direto com o medicamento foi de R$ 2.185.690,08, resultando em um custo por paciente de R$ 99.349,55. A principal neoplasia
envolvida foi o CPNPC (68,2%; n=15), seguida de melanoma (13,6%; n=3), linfoma de Hodgkin (9,1%; n=2), carcinoma renal (4,5%; n=1) e câncer anal (4,5%; n=1), sendo essa última uma indicação terapêutica off-label. Com relação ao desfecho clínico, foi observado que 31,8% dos pacientes (n=7) obtiveram resposta parcial e continuaram o tratamento, 22,7% progrediram e retornaram a quimioterapia (n=5) e 45,5% foram a óbito. É importante ressaltar que dos pacientes que falharam e os que vieram a óbito, a maioria tinha o diagnostico de CPNPC, 100% e 70% respectivamente.

Conclusão: Diante dos dados apresentados, foi possível observar que o percentual de pacientes que se beneficiaram com uso do nivolumabe é próximo do que é encontrado na literatura e que a seleção dos portadores de CPNPC para uso dessa terapia é importante, devido a mortalidade e progressão de doença encontradas nesse subgrupo. Posteriores estudos experimentais e biomoleculares são importantes para caracterização e identificação dos pacientes-alvo dos imunoterápicos.

Palavras-chave: Nivolumabe; Câncer; Imunoterapia.

Poster in: IX CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA. 2018.

24 julho 2018

Análise Econômica de Custo-Minimização entre as Vias de Administração Endovenosa e Subcutânea do Trastuzumabe: Intercambialidade de Vias de Administração vs. Sustentabilidade para o Sistema de Saúde Suplementar

Yohanna Ramires1; Bruna Mariana Tartari de Oliveira1; Fernando Miguel de Sousa1; Jolline Lind1; Moacir Pires Ramos1; Jaime Luis Lopes Rocha1

1 Unimed Curitiba. Curitiba (PR), Brasil. Endereço para correspondência: Yohanna Ramires. Rua Conde de São João das Duas Barras, 816, Hauer. Curitiba (PR), Brasil. CEP 81630-130. E-mail: yohanna.ramires@unimedcuritiba.com.br.

Introdução: O trastuzumabe (TZB) é um anticorpo monoclonal historicamente utilizado por via endovenosa (EV) no tratamento do câncer de mama metastático e inicial de pacientes HER-2 positivos. No entanto, sua apresentação subcutânea (SC) oferece uma alternativa menos invasiva, com propriedades farmacológicas semelhantes. Estas características tornam a droga e a intercambialidade de vias de administração, um tópico relevante a ser estudado no aspecto farmacoenômico.

Objetivo: Avaliar o impacto financeiro a partir de uma análise de custo-minimização, entre as vias de administração EV e SC do TZB, em uma operadora de plano de saúde com mais de 500 mil vidas.

Método: Estudo retrospectivo e descritivo dos custos desta operadora, seguido de modelagem de custo-minimização entre os pacientes que fizeram uso de TZB, no período de 1 de janeiro de 2016 a 31 de dezembro de 2017. Utilizou-se da possível intercambialidade entre as vias EV e SC a fim de descrever a economia com a substituição. Estabeleceram-se como critérios de exclusão o pagamento indevido da tecnologia, não pagamento e glosas justificadas. Após exclusão, calcularam-se asdespesas totais, somando custos do produto atualizados pelo valor presente e taxas de infusão. Custos diretos e indiretos de materiais e profissionais não foram incorporados.

Resultados: Evidenciou-se que 241 pacientes, totalizando 2.876 liberações, fizeram uso de TZB EV no período avaliado. Destas, 31 liberações foram excluídas devido aos critérios estipulados. Por fim, 2.845 liberações foram incluídas. A análise identificou utilização de 2.685 frascos de TZB com administração EV totalizando R$ 32.676.386,30 de despesas, que incluem valores pagos pela droga e taxas de infusão, média de R$ 11.485,55 (±R$ 2.537,87) por liberação e R$ 135.586,67 (±R$ 98.837,48) por paciente. Quando realizada a simulação, o custo ajustado passa a R$ 29.839.650,22, média de R$ 10.488,45 (±R$ 2.370,21) e R$ 123.815,98 (±R$ 90.444,82) por liberação e paciente, respectivamente. Perfazendo um valor diferencial de R$ 2.836.736,08 (8,7%) na suposta economia de recursos.

Conclusão: A análise econômica no tratamento oncológico mostra significativa relevância, pois contribui com o melhor uso da terapêutica de custo elevado garantindo a sustentabilidade do sistema de saúde. Neste estudo, o custo antes da troca da via de administração é maior que após este processo, assim a via SC apresentou-se como uma opção custo-minimizatória em comparação ao tratamento EV.

Palavras-chave: Custo-minimização; Vias de Administração; Trastuzumabe.

Poster in: IX CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA. 2018.

08 maio 2018

Ciclofosfamida: formulação magistral



Ciclofosfamida..................................................................1 g
Água Destilada.............................................................20 mL
Veículo Oral q.s.p.........................................................50 mL

Este produto deve ser preparado em área classificada, seguindo protocolo para reconstituição de soluções de drogas citostáticas. Em recipiente adequado dissolver a essência de laranja, limão e anis no álcool etílico. Misturar o xarope simples com até 80 mL de água purificada. Incorporar o talco e filtrar. Adicionar veículo suficiente para completar 100 mL. Estabilidade de 14 dias em temperatura ambiente.

Fórmula do veículo oral: essência de laranja (0,3 mL), essência de limão (0,06 mL), essência de anis (0,006 mL), etanol 96º GL (10 mL), xarope simples (50 mL), talco (3 g) e água purificada q.s.p. 100 mL.

Referência bibliográfica: Ciclofosfamida. Servicio de Farmacia. Hospital Universitario Son Dureta. España. Disponível em: http://www.elcomprimido.com. Acesso em: 15 de outubro de 2005.

02 março 2018

Cetamina: uso off-label em pediatria

Uso off-label oral: Cetamina Injetável 100 mg/mL (10 mL), Água Purificada USP q.s.p...100 mL. Em recipiente adequado misturar os componentes da formulação. Completar o volume final. Concentração de 10 mg/mL. Estabilidade de 7 dias sob refrigeração.(19)

Uso off-label oral: Cetamina Injetável 100 mg/mL (10 mL), Xarope de Framboesa q.s.p...100 mL. Em recipiente adequado misturar os componentes da formulação. Completar o volume final. Estabilidade de 7 dias sob refrigeração.(19)

Uso off-label oral: Cetamina (5000 mg), Xarope Simples USP (200 mL), Essência de Laranja ou de Limão qs, Água Purificada q.s.p...500 mL. Misturar os componentes da formulação. Completar o volume final. Estabilidade de 30 dias sob refrigeração.(19)

Uso off-label oral: Cetamina (500 mg), Xarope Simples q.s.p...50 mL. Misturar os componentes da formulação e completar volume. Estabilidade de 30 dias sob refrigeração.(19)

Uso off-label oral: Cetamina (500 mg), Xarope de Framboesa q.s.p...100 mL. Em recipiente adequado misturar os componentes da formulação. Estabilidade de 60 dias sob refrigeração e 20 dias pós abertura do frasco em temperatura ambiente.(19)

Uso off-label oral: Cetamina 100 mg/mL (10 mL), Água Purificada com Parabenos q.s.p...100 mL. Em recipiente adequado misturar os componentes da formulação. Completar o volume final na concentração de 10 mg/mL. Estabilidade de 30 dias sob refrigeração.(19)

Referências bibliográficas:
1.Watson DG, Lin M, Morton A, Cable CG, McArthur DA. Compatibility and Stability of Dexamethasone Sodium Phosphate and Ketamine Hydrochloride Subcutaneous Infusions in Polypropylene Syringes. J Pain Symptom Manage. 2005;30(1):80-86.
2.Lee DKT, Wang D, Harsono R, Wong C. Compatibility of Fentanyl Citrate, Ketamine Hydrochloride, and Droperidol in 0,9% Sodium Chloride Injection Stored in Polyvinyl Chloride Bags. Am J Health-Syst Pharm. 2005; 62: 1190-2.
3.Ambados F, Brealey J. Compatibility of Ketamine Hydrochloride and Fentanyl Citrate in Polypropylene  Syringes. Am J Health-Syst Pharm. 2004;61:1438-1439.
4.Roy JJ, Hildgen P. Stability of Morphine-Ketamine Mixtures in 0,9% Sodium Chloride Injection Packaged in  Syringes, Plastic Bags and MEDICATION CASSETE Reservoir. IJPC 2000; 4(3):225-228.
5.Donnelly RF, Willman E, Andolfatto G. Stability of ketamine-propofol mixtures for procedural sedation and analgesia in the emergency dapartment. Can J Hosp Pharm. 2008;61(6):426-430.
6.Beranger C, Remerand F, Pourrat X, Viaud M, Plichon P, Grassin J, Bourgoin H. Étude de stabilité de la kétamine en analgésie post-operatoire en chirurgie orthopédique. Poster in: SNPHPU Congrès 2009. Paris. France.
7.Ketamin. Micromedex® solutions. Disponível em: http://www.periodicos.capes.gov.br. Acesso em 16 de dezembro de 2016.
8.Ketamin. Disponível em: http://www.stabilis.org. Acesso em 06 de fevereiro de 2017.
9.Phelps SJ, Hagemann TM, Lee KR, Thompson AJ. Pediatric Injectable Drugs (The Teddy Bear Book), Tenth ed. ASHP Publications. Washington. DC. 2013.
10.Cetamina. Disponível em: http://www.einstein.br. Acesso em 16 de junho de 2017.
11.Neonatal guidelines. Extravasation in NICU. Disponível em: http://www.hnekidshealth.nsw.gov.au. Acesso em 20 de março de 2017.
12.Lake C; Beecroft CL. Extravasation injuries and accidental intra-arterial injection. Continuing Education in Anaesthesia, Critical Care & Pain Volume 10 Number 4 2010.
13.Extravasation non-cytostatique.Pharmacie des HUG. Disponível em:  http://pharmacie.hug-ge.ch. Acesso em 22 de fevereiro de 2017.
14.Ketamin®. Informativo do produto. Cristália. 2013.
15.UCL Hospital injectable medicines administration guide. Pharmacy Department. University College London Hospitals, 3rd ed. Wiley-Blackwell. London. 2010.
16.Ketamine. Disponível em: http://www.pdr.net. Acesso em 28 de setembro de 2017.
17.Taketomo CK, Hodding JH, Kraus DM. Pediatric Dosage Handbook, 23rd Ed. Lexi-Comp. Ohio: 2016.
18.Anderson C, MacKay M. Stability of Fentanyl Citrate, Hydromorphone Hydrochloride, Ketamine Hydrochloride, Midazolam, Morphine Sulfate, and Pentobarbital Sodium in Polypropylene Syringes. Pharmacy 2015(3):379-385.
19.Souza GB. Formulário farmacêutico magistral, 2ª ed. São Paulo. SP: Editora Medfarma. 2017.

28 fevereiro 2018

Trastuzumabe: redução de custos com a manipulação extemporânea do volume restante de 0,25 mL do frasco original de anticorpo monoclonal.

Gilberto Barcelos Souza1, Rachel Nunes Ornellas1, Luiz Filgueira de Melo Neto2, Fernando Sérgio da Silva Ferreiro1, Luiz Stanislau Nunes Chini2, Bruna Figueiredo Martins2, Mariana Souza Rocha1, Águeda Cabral de Souza Pereira1 ,  Fabio  Moore Nucci1, Márcia de Souza Antunes1

1Hospital Universitário Antônio Pedro, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil; 2Universidade Salgado de Oliveira, São Gonçalo, Rio de Janeiro, Brasil.

Introdução: O câncer de mama é uma das doenças mais prevalentes entre as mulheres nos dias atuais, sendo curável numa parcela significativa, desde que a doença seja diagnosticada em uma fase precoce. Um avanço na terapia do câncer de mama foi o uso do trastuzumabe, sendo o primeiro anticorpo monoclonal com atividade clínica demonstrada para o uso de pacientes com hiperexpressão de HER-2 de administração via venosa, em um tumor sólido. O tratamento é de alto custo. A dose de ataque e primeiro mês para essa paciente custaria R$ 19.270,93 e o custo de R$ 8.258,97 a cada três semanas. O período de uso recomendado, antes e após a cirurgia seria de um ano, ao custo total de R$ 150.673,42.

Objetivo: Avaliar o impacto que o envolve o uso dos volumes de sobra de 0,25 mL nos frascos do medicamento durante a preparação diária dos tratamentos de quimioterapia e avaliar da possibilidade de unitarização das doses para a redução de custos hospitalares com o medicamento trastuzumabe.

Método: Artigos de pesquisas internacionais e publicados na literatura mundial relatam que para uso injetável, a estabilidade do trastuzumabe em água para injeção bacteriostática na concentração de 2,1 mg/mL é estável para 28 dias sob refrigeração em frasco de vidro.

Resultados: Preço atual nas licitações do medicamento na apresentação de 440 mg é no valor de R$ 10.500,00. O custo em mililitros é de R$ 525,00. Caso seja realizado o reuso de 0,25 mL de cada frasco, ao final de 100 preparações teremos uma economia de R$ 13.125,00; ou seja, ao final de 1 ano, isto irá gerar uma economia de R$ 157.500,00. Em 3 anos de reutilização dos 0,25 mL de trastuzumabe, equivale a uma economia bruta no valor de R$ 472.500,00.

Conclusão: Sendo prioritário proporcionar um tratamento seguro e eficaz, tanto por motivos de contaminação ambiental, e por motivos econômicos em seu conceito mais amplo, os resultados apontam a necessidade da manipulação destes medicamentos no Serviço de Farmácia e de proporcionar as medidas necessárias para poder levar a cabo a reutilização de frascos durante o período de tempo estabelecido.

Poster in: V Congresso Internacional de Oncologia D’Or. 24 a 25 de Novembro de 2017.